E Aí, O Que Vai Ser?
Alguns anos atrás — vários, na verdade — fui convidado a trabalhar em outro país. Na realidade, não era tão glamouroso assim: bastava atravessar a ponte. Eu morava na fronteira, e o acesso era fácil.
Nos primeiros meses, fui alocado em um escritório num prédio misto, com lojas, depósitos e salas comerciais. Nesse início, tive algumas situações inusitadas. Um chefe de outro departamento tentou me puxar para atividades fora do meu escopo — e definitivamente não eram para nerds. Acabei ficando quase de frente para uma das secretárias. Ela era nativa do país vizinho e parecia doida para arrumar um marido. Sempre que podia, me lançava olhares cheios de intenção.
Também teve a chegada de um novo diretor à empresa, com sinais sutis de que talvez fosse homossexual. Rapidamente, devido à minha função como desenvolvedor web, ele veio até mim com uma proposta para o site da empresa — e esse contato acabou gerando uma tentativa leve de assédio. Felizmente, quando pedi que ele se afastasse e que não confundisse as coisas, ele recuou. Tempos animados, de fato.
Depois de alguns bons meses, nos mudamos para um terceiro prédio. Com isso, ganhei uma nova sala, bem maior, onde passaram a trabalhar mais duas pessoas que vieram apoiar no projeto do site. Uma jovem asiática, que namorava um colega nosso, e uma morena clara com um sorriso encantador. Ela tinha traços que lembravam uma mistura de portuguesa com italiana, e era meio maluquinha. Vamos chamá-las de Sara e Gaia — esta última sentava-se ao meu lado, separada apenas por um pequeno corredor.
Não sei dizer exatamente quando começou, mas além de muito trabalho, rolava muita brincadeira entre o grupo. Isso acabou me deixando mais íntimo de Gaia. Percebia que havia uma química entre nós. Eu, nerd, enrolado, timido e com um leve grau de autismo, não percebia direito os sinais, embora já estivesse me conectando com ela de um jeito diferente. Comecei a sonhar com Gaia. E, em momentos a sós no escritório, imaginava: E se essa morena estivesse a fim? E se rolasse algo aqui mesmo, no escritório?
As brincadeiras continuaram e começamos a trocar mensagens mais íntimas, que já não envolviam o grupo. Até que, um certo dia, comentei que tinha sonhado com ela — sem dar muitos detalhes. Foi o gatilho. Ela respondeu por mensagem:
— E aí, o que vai ser?
Aquilo me pegou de surpresa. Gelei dos pés à cabeça. Uma mistura de medo e tesão me invadiu. No sonho, ela se levantava da cadeira, vinha até mim e começava a fazer uma massagem nos meus ombros. Se aproximava do meu ouvido e sussurrava:
— Você me quer?
Encostava os lábios no meu pescoço e repetia:
— Você me quer?
Descia as mãos pelo meu peito até a cintura e sussurrava:
— Pelo jeito, você também quer.
E então apertava, por cima da calça, sentindo o quanto eu estava excitado.
Na vida real, congelei por alguns instantes. Quando olhei para o lado, ela estava me encarando, com um olhar ansioso. Virei devagar, sem conseguir dizer uma palavra. Se meu rosto estampasse uma palavra, seria “tesão”. Ou talvez “medo”.
Já tinha fantasiado mil vezes com Gaia: ela me chupando embaixo da mesa, deitada com as pernas abertas, me provocando de pé, deitada, de todos os jeitos. Mas nunca tinha pensado em como sair da condição de amigo para um algo a mais.
Ela percebeu minha paralisia. Sempre mais desinibida, arrastou a cadeira para perto. Ficamos frente a frente.
— E aí, o que vai ser? — perguntou, olhando nos meus olhos com um sorriso no rosto. — Você me quer?
Eu estava encantado, sem reação. Ela se aproximou, colocou as mãos no meu joelho e apertou. Foi ali que meu cérebro desligou a razão. Levei minha mão até o pescoço dela, puxei devagar até nosso rosto se encontrar.
— Você me quer? — perguntei.
Essa pergunta pareceu desbloquear algo nela. Gaia levou minha orelha até a boca e sussurrou, com a respiração ofegante:
— Muito.
Nos beijamos. Ela se ajeitou e, inclinada, colocou minhas pernas entre as dela até se sentar no meu colo. Com as duas mãos no meu pescoço, alternava beijos com chupadas nos meus lábios, cada vez mais intensa. Se não fosse horário de trabalho, teria rasgado a roupa dela ali mesmo.
Tentei me controlar. Passei as mãos pelas coxas dela, subi até a cintura… mas não resisti. Com a mão direita, desci até o meio das pernas, ainda por cima da calça. Sentia o calor, e logo depois a umidade. Quando toquei ali, ela apertou meu pescoço com força e começou a pressionar a buceta contra minha mão, várias vezes.
Ela respirava pesado, completamente entregue. Tirou uma mão do meu pescoço, abriu o botão e o zíper da calça, pegou minha mão e a levou para dentro. Meus dedos ficaram encharcados. Apertou minha mão contra ela, gemendo baixinho, abrindo e fechando as pernas. A intensidade aumentava, os gemidos também. Foram dez minutos intensos, até ela gozar na minha mão, completamente molhada.
Ela começou a abrir meu zíper, mas eu — sempre medroso — pedi que esperasse. Ainda estávamos no horário de trabalho, e a porta estava aberta. Voltamos aos nossos lugares, ofegantes, tentando manter a compostura. A tensão ficou no ar até que a maior parte do pessoal saiu. Então, ela virou para mim:
— E aí, o que vai ser?
Fechei a porta e voltei para a mesa dela. Gaia me abraçou, depois levantou minha camisa e beijou minha barriga enquanto desabotoava minha calça. Abaixou o zíper, depois minha calça inteira. Pegou meu pau com cuidado, passou a língua na cabeça, deu pequenos beijos até colocá-lo parcialmente na boca. A boca quente, macia… Ela chupava com vontade, molhando tudo.
Me puxou para beijar meus lábios e língua, e depois voltou a chupar. Desceu até as bolas — nunca tinha experimentado aquilo — e voltou subindo, engolindo meu pau inteiro, chupando com firmeza, babando, segurando minhas bolas.
Ela estava cheia de tesão. Ficou mais de 10 minutos ali, me chupando como nunca ninguém tinha feito. Eu já estava duro havia horas. Quando disse que ia gozar, ela apertou meu pau contra a boca e engoliu tudo. Cada gota. Depois ainda chupou mais um pouco, olhando pra mim com aquele sorriso lindo.
Nos beijamos novamente. Até que ela, com aquele jeito provocante, disse:
— Vamos embora… antes que alguém bata aqui na porta.
Saímos atordoados. Cheios de tesão. Cheios de dúvidas.
Cheguei em casa e fui direto para o banho. No chuveiro, me dei conta de que, no meio de tudo, nem cheguei a ver os seios dela. Grandes, fartos… Passaram batido. O tesão e aquela chupada absurda tinham me tirado do chão. E eu gosto de peitos.